Se hoje você tivesse alguma perda na sua empresa, como um equipamento quebrado ou furto de mercadoria, você teria o dinheiro necessário para resolver esses imprevistos sem se endividar?
Só quem passou por momentos de crise sabe muito bem que a reserva de emergência é um recurso importantíssimo para a empresa poder manter as portas abertas por muito tempo, garantindo saúde financeira e tranquilidade a longo prazo.
Se você ainda não criou uma reserva de emergência para sua empresa, fique com a gente até o final e saiba como calcular a sua.
O que é uma reserva de emergência?
Uma reserva de emergência é um fundo financeiro que uma empresa estabelece para lidar com situações imprevistas, danos e desafios. Ou seja, nada mais é que um dinheiro guardado exclusivamente para superar uma crise.
Mas atenção: a reserva de emergência é composta por dinheiro que não é utilizado nas operações regulares do negócio, mantido separadamente para ser usado apenas quando necessário.
A reserva de emergência funciona como uma rede de segurança financeira, permitindo que a empresa cubra despesas operacionais essenciais, como pagamento de funcionários, aluguel, fornecedores e outras obrigações financeiras, sem precisar recorrer a empréstimos de última hora ou vender ativos de forma precipitada.
É importante que a reserva de emergência seja mantida em uma conta separada, de fácil acesso e com alta liquidez, para que os fundos possam ser utilizados imediatamente quando necessário.
Opções comuns incluem contas de poupança, fundos de investimento de baixo risco ou outros instrumentos financeiros que oferecem segurança e liquidez.
Além disso, a empresa deve revisar periodicamente a reserva de emergência para garantir que o valor acumulado ainda seja suficiente para cobrir possíveis imprevistos, ajustando-o conforme as mudanças nas despesas operacionais ou no ambiente de negócios.
Manter uma reserva de emergência demonstra uma gestão financeira prudente e responsável, proporcionando à empresa a capacidade de enfrentar adversidades com mais segurança e estabilidade.
Ela ajuda a proteger a empresa contra a insolvência, mantém a confiança dos investidores e credores, e permite que a empresa continue operando e atendendo seus clientes mesmo em tempos de crise.
Como criar uma reserva de emergência?
1. Avalie suas despesas mensais
O primeiro passo para criar uma reserva de emergência é entender as despesas mensais da sua empresa. Para isso, liste todas as despesas operacionais, incluindo aluguel, salários, fornecedores e despesas fixas. Isso lhe dará uma ideia clara de quanto dinheiro a empresa precisa para operar mensalmente. 📊
2. Crie uma conta separada
Ao saber quanto a sua empresa precisa para manter a operação, crie uma conta bancária separada exclusivamente para a reserva de emergência. Isso evita que os fundos se misturem com as finanças operacionais e torna mais fácil monitorar o progresso em direção à meta.
3. Estabeleça um plano de contribuição regular
Para alcançar sua meta de reserva de emergência, estabeleça um plano de contribuição regular. Separe uma quantia fixa de dinheiro para depositar na conta de reserva de emergência. Isso pode ser mensal, trimestral ou conforme os ganhos da sua empresa.
4. Evite a utilização não emergencial
Uma reserva de emergência é projetada para situações críticas e inesperadas. Por isso, é muito, mas muito importante que você evite a tentação de usar esse fundo para despesas não emergenciais ou investimentos de alto risco. Mantenha o foco na segurança financeira da empresa.
5. Aproveite fontes extra de receita
Além das contribuições regulares, aproveite fontes extras de receita para impulsionar sua reserva de emergência e atingir o valor ideal para o seu negócio. Isso pode incluir bônus inesperados, vendas sazonais ou outras oportunidades de ganhos. 💸
Melhores opções para aplicar a reserva de emergência
Quando se trata de aplicar a reserva de emergência, é fundamental escolher opções de investimento que ofereçam segurança, liquidez e rentabilidade razoável. Confira boa opções:
CDB de liquidez diária
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) de liquidez diária é um título emitido por bancos para captar recursos. No caso dos CDBs de liquidez diária, o investidor pode resgatar o dinheiro a qualquer momento sem perder a rentabilidade acumulada até o dia do resgate.
Esses títulos são seguros, pois são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$250.000 por CPF e por instituição financeira. O rendimento do CDB de liquidez diária geralmente é atrelado a um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que costuma acompanhar de perto a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.
Essa opção é muito utilizada para reserva de emergência porque combina facilidade de acesso ao dinheiro com uma rentabilidade competitiva.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título público federal oferecido pelo Tesouro Direto, programa do governo que permite a pessoas físicas investirem em títulos públicos. O Tesouro Selic é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado, pois é garantido pelo próprio governo federal.
Ele é indexado à taxa Selic, garantindo que o rendimento acompanhe a taxa básica de juros da economia. Uma das principais vantagens do Tesouro Selic é a sua alta liquidez: o investidor pode resgatar o valor investido a qualquer momento, recebendo o valor corrigido até a data do resgate.
Além disso, o Tesouro Selic é uma opção acessível, pois permite aplicações com valores baixos. Devido à sua segurança e liquidez, é uma excelente opção para formar uma reserva de emergência.
LCI
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um título emitido por bancos para financiar o setor imobiliário. Uma das principais vantagens da LCI é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos para pessoas físicas, o que pode resultar em uma rentabilidade líquida mais atrativa em comparação a outros investimentos tributados.
No entanto, diferentemente do CDB de liquidez diária e do Tesouro Selic, as LCIs geralmente possuem prazos de carência, durante os quais o dinheiro não pode ser resgatado. Isso pode limitar a sua utilidade como reserva de emergência, pois a liquidez não é imediata.
Contudo, algumas LCIs oferecem liquidez após um período inicial de carência, e algumas podem ser negociadas no mercado secundário. Além disso, as LCIs são garantidas pelo FGC até o limite de R$250.000 por CPF e por instituição financeira, o que as torna uma opção segura.
Como calcular uma reserva de emergência?
O recomendado por muitos especialistas é que a reserva de emergência cubra pelo menos 6 meses dos custos de operação da sua empresa. E o ideal seria cobrir 12 meses.
Então, por exemplo, se você gasta R$ 10 mil por mês com a sua empresa, você precisaria de pelo menos R$ 60 mil para a sua reserva de emergência.
Não é de um dia para o outro que se cria uma reserva de emergência. Mas lembre-se: é melhor depositar R$ 10 do que não depositar nada.
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